sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ideia na Modernidade

           Na filosofia moderna encontramos diversos usos da palavra “ideia”, porém predominou aparentemente o sentido de ideia como representação (mental) de uma coisa. Os significados teológico, metafísico, lógico de ideia um pouco esquecido nesta época, fez muitos autores a conceber as ideias como resultados da atividade de sujeito cognoscente. 

           Mediante essas ideias que a cognição do sujeito possui, é possível conceber-se racionalmente o que as coisas são de verdade tanto no aspecto metafísico quanto no ontológico. A epistemologia foi comum tanto nas tendências racionalistas quanto empiristas, embora rapidamente as primeiras tenham desembocado rapidamente no objeto conhecido, ao passo que as segundas se detiveram no sujeito cognoscente. 

Ideia na visão Racionalista

Os racionalistas tenderam a considerar que as ideias verdadeiras e adequadas têm duas faces: uma serem “conceitos do espírito, que este forma por ser uma coisa pensante”, como dizia Spinoza; a outra, a serem as “próprias coisas enquanto vistas” como afirmava Descartes.

Portanto, Spinoza e Descartes consideraram que as origens das ideias estavam num Deus absoluto ou num ponto de vista absoluto. Em conseqüência disso, os racionalistas inclinaram-se para o inatismo. 

Na visão Empirista 

Já os empiristas usaram com abundância o termo “ideia” em muitos casos, além de terem elaborado suas teorias do conhecimento como uma espécie de “doutrina das ideias”. O empirista John Locke afirma que a palavra "ideia"  indica ser a melhor forma palavra para designar a função de representar qualquer coisa que seja objeto do entendimento quando um homem pensa. A ideia para o filósofo equivale à fantasia, noção, espécie; em conclusão para Locke as ideias provêm das sensações. E o conhecimento consiste unicamente na “percepção da conexão e da concordância, ou da discordância e repulsa por qualquer das nossas ideias.”

Outro empirista indispensável é George Berkeley. Esse filósofo usa o termo ‘ideia’ e não o termo ‘coisa’ por duas razões: porque se supõe que o termo ‘coisa’, ao contrário de ideia, denota algo que existe fora do espírito. Espírito em Berkeley significa “razão” ou “alma”, isto é, a nossa consciência. Segundo o filósofo, os objetos dos sentidos existem no espírito e a esses objetos ele denomina ideia. Contudo, na ótica de Berkeley existir é ser percebido, porém a percepção resulta dos espíritos que percebem e ideias que são “coisas” enquanto percebidas.

David Hume, também foi um grande filósofo empirista que distingue entre “impressões” e “ideias”, e chama ideias as “imagens fracas das impressões ao pensar e ao raciocinar.” As ideias para Hume podem ser simples ou complexas. As ideias simples são as que não admitem distinção nem separação. Já as complexas, são aquelas nas quais podem distinguir-se em partes. 





Um grande expoente na modernidade também foi Immanuel Kant, esse filósofo é considerado como um divisor de águas. Pois afirma que tanto os racionalistas quanto os empiristas utilizaram abusivamente o termo ideia. Kant afirma que a razão e a experiência são fundamentais para o surgimento do conhecimento. Enfatiza que as duas fontes eram imprescindíveis. A concepção de “ideia” para Kant nasce das noções e da transcendência da experiência, sendo assim, temos uma ideia ou conceito da razão.




 

2 comentários:

  1. Muito interessante poder notar, a diferença do conceito de ideia através das escolas filosóficas e dos filósofos.Até hoje eu tenho uma certa dificuldade em definir o que é a ideia...Os conceitos que parecem mais simples na filosofia, são justamente os mais difíceis de definir.

    grande abraço.

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